Total de visualizações de página

Pesquisar este blog

domingo, 23 de novembro de 2014

INFORME

Serviços da Apae estão comprometidos por falta de 

recursos

Desde maio entidade não recebe verbas de metas e Executivo promete solução
Por: Daiane Santos

São R$ 10.298,00 que deixaram de ser repassados à instituição (Foto: Jô Folha - DP)

Após a divulgação da situação enfrentada pela escola Louis Braille, em Pelotas, outra entidade assistencial da cidade vem a público em busca de socorro. Desde maio, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) não recebe da Secretaria de Justiça Social e Segurança (SJSS) o valor das metas conveniadas com o órgão relacionadas aos atendimentos em reabilitação/habilitação e tratamento precoce.

São R$ 10.298,00 que deixaram de integrar o já apertado orçamento da instituição, responsável pelo atendimento de 230 crianças com as mais variadas necessidades especiais. Para se ter uma ideia, mensalmente a entidade recebe R$ 61 mil da prefeitura através de convênios, mas gasta cerca de R$ 75 mil na manutenção dos serviços, o que exige o auxílio da comunidade para manter a associação deportas abertas.

No entanto, essa ajuda nem sempre é suficiente. Segundo o diretor da instituição, Victor Edgar Pitzer Neto, mesmo se a prefeitura estivesse repassando os recursos das 154 metas, a Apae fecharia as contas com déficit de R$ 8 mil mensais. "Sem esse dinheiro a situação fica ainda mais grave. Já devemos água, luz e telefone, e não queremos cortar serviços." Apesar disso, essa é a tendência, caso a SJSS não repasse as verbas.

Problema está em Brasília
Todos os meses a prefeitura de Pelotas, através da SJSS, deveria receber R$ 36.630,00 do Fundo Nacional da Assistência Social (Fnas) para repasse às escolas assistenciais da cidade. Apesar disso, em dez meses apenas cinco parcelas foram pagas, gerando um problema para a prefeitura de Pelotas.

Cerenepe, Círculo Operário Pelotense (COP) e Alfredo Dub receberam os recursos normalmente - a Louis Braille optou por não assinar o convênio por considerar o processo de definição das metas injusto -, e quando chegou a hora de pagar a Apae faltou dinheiro na conta e a entidade ficou sem os repasses.

Conforme o gerente de Planejamento da SJSS, Jaime Starke, na próxima quarta-feira uma comissão da secretaria vai a Brasília para reunião com a assessoria técnica do Fnas. Lá, deve ser oficializado o remanejo de saldos de outras fontes para a quitação das metas pelotenses. "A Apae está no topo da lista. Precisamos resolver a situação da entidade." Com isso, em breve os repasses devem ser normalizados.

E se...
Se a Apae fechasse hoje, o atendimento de 230 crianças e adultos portadores de necessidades especiais de Pelotas e da região seria comprometido. Além da fisioterapia, a associação oferece aulas de reforço, cuidados médicos e psicológicos - inclusive para as famílias -, fonoaudiologia, aulas de equoterapia, capoeira e práticas esportivas diversas.

A entidade também incentiva a inserção de deficientes no mercado de trabalho. Graças ao programa de inclusão desenvolvido no local, 29 ex-alunos conseguiram trabalho, número que deve crescer com a instalação de um laboratório de informática no espaço. A próxima aposta da associação são as aulas de hidroterapia. Para isso, uma piscina está sendo construída com recursos do Brechó Jurídico.